Ah, os privilégios...
Você já deve ter ouvido sobre as benesses de ser mulher: não precisa se alistar no Exército, não precisa abrir estradas, são alvos preferenciais de campanhas de saúde, recebem mais do que homens na indústria pornográfica ( rsrsrs) etc. Geralmente essa imagem de privilégio parte do imaginário de homens ressentidos que consideram que a mulher tem mais oportunidades de saracutiar ( leia-se " pegar quantos homens quiser") por aí apenas por ter uma vagina.
Mas você já se perguntou o quanto o que parece privilégio esconde uma camada de exploração?
Pense no casos das guerras. Quando os homens partiam para lutar ( por conflitos criados por homens) as mulheres ficavam em casa para garantir a manutenção da família, o que provavelmente resultava em um aumento do trabalho doméstico para manter os filhos. As meninas dentro desse contexto são alvos preferenciais de inimigos, todo histórico de guerra carrega consigo casos de estupro coletivo e humilhação de mulheres pelos homens. Isso é privilégio?
As campanhas de saúde são voltadas para mulheres justamente porque elas são as que mais se preocupam em marcar exames para si e seus companheiros, já que a masculinidade tóxica não permite ao homem se mostrar frágil.
Mulheres são as que mais procuram auxílio psicológico/ psiquiátrico, justamente porque internalizam desde cedo as funções de cuidados.
Já em relação a indústria pornográfica… Bom, nem é necessário enfatizar que ela é uma indústria de homens voltadas para homens né? O que uma atriz desse ramo ganha em um período, a indústria ganha no mínimo 10 vezes mais com relançamentos. Isso sem falar nas promessas que recebem de seguir outra carreira depois e acabam não conseguindo sair sem pagar um preço muito alto.
Sim, esse livro existe e sim, leiam. Dialética tá aí para isso!
Já notaram que o que chamam de privilégio na verdade é exploração romantizada né? No próximo post falarei mais sobre isso, e trarei referências bibliográficas. Aguardem!
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