domingo, 29 de novembro de 2020

É possível ser radical sem ser extremista?

 Radicalizar é fundamental!

Tudo que é sólido se desmancha no ar...

Em nossa sociedade há uma enorme confusão entre radicalidade e extremismo. Se você não matou aula em História/Filosofia/Sociologia provavelmente aprendeu ( ou deveria ter aprendido) que radical é ir na raiz do problema e extremismo é o conjunto de métodos duvidosos para se chegar ou impor um modo de vida.
No espectro político temos a esquerda, a direita e o centro que compõe um conjunto de projetos específicos para a sociedade. Ultimamente está na moda insinuar que o centro é uma posição mais equilibrada, que consegue ver os dois lados da moeda e chegar a um consenso. Será mesmo?
O centro habitualmente se torna uma posição política mais "orgânica" que se aproxima mais das instituições e consegue aproveitar as fraquezas dos dois lados, porém, as instituições como partes da estrutura não são totalmente isentas das determinações dessa mesma estrutura.
Debates superficiais no Brasil levam a população a crer que a radicalidade é perigosa, que ela coloca a vida das pessoas em risco, quanto na verdade, radicalizar é mexer com as estruturas.
Eleições são momentos propícios para refletirmos o quanto precisamos conviver com a contradição para aproveitar esse espaço ao mesmo tempo lembrar que essa não é a finalidade. Afinal, mudar apenas rostos a cada 4 anos não implica em avanços.
Ser radical é reconhecer a contradição, não para abraçá-la mas sim para transformá-la! 

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